{"id":1322,"date":"2024-06-12T17:52:05","date_gmt":"2024-06-12T20:52:05","guid":{"rendered":"https:\/\/contar.org.br\/?p=1322"},"modified":"2024-06-12T17:52:09","modified_gmt":"2024-06-12T20:52:09","slug":"contar-repudia-negacao-do-trabalho-escravo-no-brasil","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/contar.org.br\/en\/contar-repudia-negacao-do-trabalho-escravo-no-brasil\/","title":{"rendered":"CONTAR repudia nega\u00e7\u00e3o do trabalho escravo no Brasil"},"content":{"rendered":"
Durante a Confer\u00eancia Internacional do Trabalho, em Genebra, na Su\u00ed\u00e7a, o empres\u00e1rio Gede\u00e3o Silveira Pereira, segundo vice-presidente da Confedera\u00e7\u00e3o da Agricultura e Pecu\u00e1ria do Brasil (CNA) e presidente da Federa\u00e7\u00e3o da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) negou a exist\u00eancia de trabalho escravo no sul do pa\u00eds e afirmou que o Bolsa Fam\u00edlia “atrapalha a nossa rela\u00e7\u00e3o [entre empregadores empregados], porque nos falta j\u00e1 m\u00e3o de obra no Brasil”.<\/p>\n\n\n\n
A CONTAR se posiciona contrariamente \u00e0s afirma\u00e7\u00f5es, pois acompanha diariamente den\u00fancias de trabalho an\u00e1logo ao escravo em diversos estados brasileiros, incluindo o Rio Grande do Sul, al\u00e9m de aocmpanhar o Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condi\u00e7\u00f5es an\u00e1logas \u00e0 escravid\u00e3o feito pelo Minist\u00e9rio do Trabalho e Emprego, a \u201cLista Suja\u201d. Em sua \u00faltima edi\u00e7\u00e3o, o cadastro aponta 30 empresas do estado, sendo pelo menos 16 delas do setor agropecu\u00e1rio. <\/p>\n\n\n\n
A CONTAR tamb\u00e9m se apoia no excelente trabalho de investiga\u00e7\u00e3o e apura\u00e7\u00e3o feito pela organiza\u00e7\u00e3o Rep\u00f3rter Brasil, que apenas em 2024 j\u00e1 exp\u00f4s pelo menos quatro casos de trabalho an\u00e1logo ao escravo apenas no estado do Rio Grande do Sul. Fatos e den\u00fancias sobre a exist\u00eancia de trabalho escravo no Brasil s\u00e3o, infelizmente, abundantes, e muitos outros devem existir silenciados pelo medo, pelas dist\u00e2ncias, pela impunidade, pela burocracia, pela falta de fiscais do trabalho em quantidade suficiente para investigar todos os casos. <\/p>\n\n\n\n
A CONTAR tamb\u00e9m repudia a afirma\u00e7\u00e3o feita pelo segundo vice-presidente da CNA de que o Bolsa Fam\u00edlia atrapalharia a contrata\u00e7\u00e3o de m\u00e3o de obra. De acordo com o Dieese, a m\u00e9dia salarial no campo em 2024 \u00e9 de 1,15 sal\u00e1rio m\u00ednimo, o que significa que, se em algumas regi\u00f5es as empresas pagam pouco mais que o m\u00ednimo, em outras, paga-se muito abaixo dele. Muitas vezes, o trabalho \u00e9 precarizado e terceirizado, deixando os(as) trabalhadores(as) em ainda maior situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade. O Bolsa Fam\u00edlia \u00e9, muitas vezes, um necess\u00e1rio complemento a um sal\u00e1rio insuficiente pago pelas empresas.<\/p>\n\n\n\n
A CONTAR luta por sal\u00e1rios dignos, condi\u00e7\u00f5es decentes de trabalho de acordo com a legisla\u00e7\u00e3o trabalhista, pelo cumprimento dos direitos humanos, pelo aumento no n\u00famero de fiscais do trabalho e pela puni\u00e7\u00e3o das empresas que descumprem as leis brasileiras e os tratados internacionais assinados pelo Brasil. Acreditamos na dignidade do trabalho assalariado no campo, fundamental para a produ\u00e7\u00e3o de alimentos e de grande parte da riqueza do Brasil.<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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