Neste dia 25 de julho, a CONTAR – Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais – reforça seu compromisso na luta contra o racismo estrutural e o machismo, ao celebrar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Esta data é um momento de resistência, de memória e de reafirmação da força das mulheres negras que, no campo, enfrentam múltiplas formas de opressão, mas continuam resistindo e organizando suas comunidades.
Darliane Soares, analista de projetos da CONTAR, destacou a importância dessa data para o movimento sindical e para a sociedade como um todo. “Celebrar o Dia da Mulher Negra é reconhecer a força, a coragem e a inteligência política de mulheres que, muitas vezes, são invisibilizadas na história oficial. Elas carregam a ancestralidade, a organização comunitária e a produção de alimentos que sustentam o país”, afirmou.
A representante da CONTAR também lembrou que, no Brasil, essa data coincide com o Dia Nacional de Tereza de Benguela, uma líder quilombola símbolo de resistência e luta por direitos. “Tereza de Benguela é um exemplo de coragem e inteligência política. Celebrar sua memória é também reafirmar o compromisso de lutar por justiça social, por acesso à terra, à saúde e à proteção social para todas as mulheres negras do campo”, completou.
Segundo Darliane, as mulheres negras são as que mais sofrem com a exploração, o racismo e o machismo. “No campo, essa invisibilidade se manifesta na negação de direitos, na violência cotidiana e na falta de acesso a recursos básicos. Ainda assim, elas continuam resistindo, organizando-se e fortalecendo suas comunidades”, ressaltou.
A analista reforçou que a luta da CONTAR não é apenas contra o racismo, mas também pela construção de um sindicalismo que reconhece e valoriza o protagonismo das mulheres negras. “Essa luta não é uma questão secundária. Ela é parte central da transformação que queremos no campo e na sociedade. Combater o racismo e o machismo dentro e fora dos sindicatos é uma tarefa de todos nós”, afirmou.
Darliane finalizou sua fala reafirmando o compromisso da CONTAR com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. “Enquanto houver racismo, não haverá democracia plena. Enquanto houver machismo, não haverá justiça social. E enquanto houver exploração no campo, estaremos em luta. Vida longa às mulheres negras da América Latina e do Caribe! Viva a resistência das assalariadas rurais!”, concluiu.
A data reforça a necessidade de seguir na luta por direitos, por reconhecimento e por uma sociedade mais inclusiva, onde todas as mulheres, especialmente as negras do campo, possam exercer seu protagonismo e conquistar seus direitos.
Esta publicação é parte do Projeto de cooperação com a DGB Bildungswerk, no marco do projeto “Enfrentando as desigualdades de gênero e a discriminação racial nas áreas rurais no Brasil” (PN 2023 2622 1/DGB0019), ciclo 2024-2026. A produção contou com o apoio financeiro do BMZ (Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha). O conteúdo deste material é de responsabilidade exclusiva da CONTAR.