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Dados do DIEESE apontam que mais de 70% dos trabalhadores e trabalhadoras assalariados e assalariadas rurais são pessoas pretas ou pardas

Hoje, é o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, uma data importante para refletirmos sobre a luta por igualdade e justiça social no Brasil. Uma das áreas que mais revela as desigualdades raciais no país é o setor rural, onde a presença de trabalhadores assalariados e assalariadas pretos e pardos é significativa e, quase sempre, marcada por desafios e vulnerabilidades.

Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a ocupação no campo no Brasil apresenta uma forte presença de trabalhadores negros e pardos.

“Quanto à cor/raça, os assalariados rurais são, na maioria, pretos ou pardos, representando 68,7% do total. Os brancos são 30,8% e os indígenas e amarelos representam 0,2% cada (Tabela 10). Considerando apenas os sem carteira, o percentual de pretos e pardos sobe para 72,5% do total de empregados nessa condição, enquanto o de brancos diminui a participação para 26,8% do total. Existem mais pretos e pardos na informalidade do que no emprego formal como um todo”, aponta estudo.

No entanto, os estudos mostram que esses trabalhadores enfrentam dificuldades como salários mais baixos, menor acesso a direitos trabalhistas e maior vulnerabilidade social. Além disso, a informalidade e a precarização do trabalho rural afetam especialmente negros e pardos, dificultando o acesso a políticas públicas e programas de assistência social.

A data de hoje nos convida a refletir sobre a necessidade de combater todas as formas de discriminação racial, promovendo ações que garantam condições dignas de trabalho, acesso à terra, educação e oportunidades iguais para todos. É fundamental que o Brasil continue avançando na luta contra o racismo estrutural que ainda permeia o setor rural e toda a sociedade.

Vamos juntos fortalecer essa luta por um país mais justo, onde a diversidade seja reconhecida e respeitada, e onde todos tenham a oportunidade de viver com dignidade e igualdade.

 

Esta publicação é parte do Projeto de Cooperação com a DGB Bildungswerk, no marco do projeto “Enfrentando as desigualdades de gênero e a discriminação racial nas áreas rurais no Brasil” (PN 2023 2622 1/DGB0019), ciclo 2024-2026. A produção contou com o apoio financeiro do BMZ (Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha).
O conteúdo deste material é de responsabilidade exclusiva da CONTAR.

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