{"id":1340,"date":"2024-07-11T16:10:05","date_gmt":"2024-07-11T19:10:05","guid":{"rendered":"https:\/\/contar.org.br\/?p=1340"},"modified":"2024-08-08T17:13:47","modified_gmt":"2024-08-08T20:13:47","slug":"o-racismo-e-a-ideologia-da-exploracao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/contar.org.br\/es\/o-racismo-e-a-ideologia-da-exploracao\/","title":{"rendered":"O racismo \u00e9 a ideologia da explora\u00e7\u00e3o"},"content":{"rendered":"

O racismo \u00e9 a ideologia da explora\u00e7\u00e3o. A sociedade brasileira \u00e9 baseada na explora\u00e7\u00e3o de corpos negros. O racismo faz parte da estrutura da nossa sociedade. Em 1888, a escravid\u00e3o foi abolida no papel, mas n\u00e3o na mentalidade nem no comportamento de grande parte da popula\u00e7\u00e3o. As pessoas negras que foram escravizadas n\u00e3o podiam ter terras, n\u00e3o podiam frequentar escolas e n\u00e3o receberam nenhum tipo de ajuda para constru\u00edrem suas vidas. As pessoas negras foram abandonadas pelo Estado e pela suposta elite brasileira, para que pudessem continuar a ser exploradas, serem obrigadas a ganhar pouco e trabalhar muito.<\/p>\n\n\n\n

Ainda hoje, discriminar pessoas negras d\u00e1 lucro. As pessoas negras, principalmente as mulheres, ganham sal\u00e1rios menores, t\u00eam menos oportunidades de educa\u00e7\u00e3o, t\u00eam piores condi\u00e7\u00f5es de vida e s\u00e3o as maiores v\u00edtimas de todos os tipos de viol\u00eancia. 55% das mulheres que sofrem viol\u00eancia f\u00edsica s\u00e3o pretas, pardas ou ind\u00edgenas.<\/p>\n\n\n\n

Para combater o racismo, \u00e9 preciso come\u00e7ar pelo investimento na educa\u00e7\u00e3o p\u00fablica, o fortalecimento do sistema de cotas nas universidade e no servi\u00e7o p\u00fablico, o fortalecimento das pol\u00edticas p\u00fablicas de perman\u00eancia nas escolas e a puni\u00e7\u00e3o efetiva de quem comete o crime de racismo.
E isso s\u00f3 para come\u00e7ar! \u00c9 preciso que toda a sociedade seja antirracista, ou seja, que tome atitudes para incluir e ampliar o acesso de pessoas negras a todas as oportunidades de ter uma vida digna e feliz.<\/p>\n\n\n\n

Para dialogar sobre quest\u00f5es de ra\u00e7a no trabalho assalariado rural, a CONTAR, em parceria com a entidade sindical alem\u00e3 \u00a0DGB Bildungswerk, promoveu, nos dias 23 e 24 de abril, o Encontro Regional sobre Direitos Humanos, Rela\u00e7\u00f5es de Trabalho e Racismo, em Bras\u00edlia. Participaram do encontro dirigentes sindicais e trabalhadores e trabalhadoras das regi\u00f5es Centro-Oeste e Sul.<\/p>\n\n\n\n

Os painelistas foram: o professor do curso de Ci\u00eancias Econ\u00f4micas da Universidade Federal do ABC Ramatis Jacino, o historiador e coordenador nacional LGBT da Uni\u00e3o de Negros pela Igualdade (Unegro), Andrey Lemos, a promotora do Minist\u00e9rio do Trabalho e Emprego Anatalina Louren\u00e7o, a Deputada Federal Reginete Bispo (PT-RS), a integrante da OXFAM Brasil Amanda Pimentel, a integrante da Comiss\u00e3o Pastoral da Terra Gerlane Sim\u00f5es, e a jornalista da organiza\u00e7\u00e3o Rep\u00f3rter Brasil Nat\u00e1lia Suzuki.<\/p>\n\n\n\n

Junte-se \u00e0 n\u00f3s na luta antirracista!<\/p>\n\n\n\n