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10 de março DIA DE LUTA contra o TRABALHO ESCRAVO

Federação do RS e CONTAR realizam manifestação para dizer NÃO AO TRABALHO ESCRAVO

 A direção da CONTAR participará no dia 10 de março da grande manifestação em Porto Alegre, para impedir qualquer tipo de trabalho análogo à escravidão e, ao mesmo tempo, alertar o governo federal sobre os motivos que facilitam a existência de “atravessadores” de mão de obra, também conhecidos por “gatos”, responsáveis por recrutar, maltratar, iludir e humilhar pessoas em condições análogas à escravidão. Esse é o motivo que leva a Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais no Rio Grande do Sul (FETAR-RS) a realizar uma forte mobilização nesta sexta-feira, dia 10 de março, a partir das 10h, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), localizada na Av. Mauá, 1013, Centro Histórico de Porto Alegre. A manifestação reflete a indignação de uma categoria, que só no Estado contabiliza cerca de 200 mil trabalhadores rurais e também os fatos graves de trabalho escravo nas vinícolas da região da Serra Gaúcha no RS.

Somente neste ano, já foram registrados mais de 200 casos de trabalho em condições análogas à escravidão no Rio Grande do Sul.

Segundo os dados oficiais da Secretaria de Inspeção do Trabalho, 570 pessoas foram resgatadas no Rio Grande do Sul até 2022 em situação análoga à escravidão. O resgate de 207 pessoas feito em Bento Gonçalves, em 22 de fevereiro, representa mais de um terço do total histórico do Estado.

Conforme o presidente da FETAR-RS, Nelson Wild, três motivos favorecem a proliferação de pseudoempresários:

1⁰ – O desmantelamento da fiscalização por auditores do trabalho como consequência direta do fim do Ministério do Trabalho no governo Bolsonaro;

2⁰ – A reforma trabalhista no governo Michel Temer, que flexibilizou a legislação, propiciando a terceirização em atividades-fim no mercado de trabalho; e

3⁰ – A falta de concurso público para auditores, responsáveis por realizar a fiscalização no meio rural.

Wild destaca que a FETAR-RS e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados Rurais (CONTAR), com essa mobilização, pretendem denunciar à sociedade e ao governo federal a necessidade de acabar, de uma vez por todas, com o trabalho escravo na área rural no Brasil. A entidades entregarão um documento ao superintendente regional do trabalho, Getúlio de Figueiredo Silva Júnior, com todas as preocupações e reivindicações da categoria, entre elas a imediata abertura de concurso público para auditores.

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COM INFORMAÇÕES DA FETAR-RS E LUIZ BOAZ

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