Data reforça a importância do engajamento masculino na construção de uma sociedade livre de violência e desigualdade
No dia 6 de dezembro, é celebrado em todo o país o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra a Mulher, uma data fundamental para reforçar a responsabilidade coletiva — e especialmente masculina — na luta contra todas as formas de agressão, discriminação e desigualdade que atingem milhões de mulheres brasileiras.
Instituída a partir da Campanha do Laço Branco, movimento internacional iniciado no Canadá em 1991, a data busca estimular homens de todas as idades, profissões e origens a se posicionarem ativamente contra a violência de gênero. No Brasil, sindicatos, federações e organizações sociais reforçam esta mobilização como parte essencial da promoção dos direitos humanos e da igualdade.
A violência de gênero ainda é uma realidade urgente
Apesar dos avanços conquistados, a violência contra a mulher segue sendo um grave problema social. Dados nacionais mostram que agressões físicas, psicológicas, patrimoniais e sexuais ainda fazem parte do cotidiano de muitas brasileiras, afetando suas vidas, suas famílias e suas comunidades.
No campo e na cidade, mulheres enfrentam desafios específicos relacionados a desigualdades históricas, falta de proteção e barreiras para denunciar. Para a CONTAR, que representa trabalhadores e trabalhadoras assalariados(as) rurais, este debate é ainda mais necessário, pois envolve também a defesa de condições dignas, segurança e respeito no ambiente de trabalho.
A participação dos homens é indispensável
A mobilização do dia 6 de dezembro não é apenas simbólica: ela reafirma que os homens precisam fazer parte da solução. Isso inclui:
•Reconhecer comportamentos machistas e violentos
•Questionar padrões culturais que naturalizam agressões
•Promover ambientes seguros e respeitosos
•Apoiar e acolher mulheres vítimas de violência
•Participar de iniciativas educativas e informativas
O silêncio, muitas vezes, é cúmplice da violência. Por isso, esta data convoca os homens a assumirem uma postura ativa, ética e responsável.
O papel da CONTAR e das entidades sindicais
A CONTAR destaca que o enfrentamento à violência contra a mulher também passa pelo fortalecimento das organizações de trabalhadores. Sindicatos e federações têm papel essencial na promoção de campanhas educativas, na orientação jurídica e no acolhimento às trabalhadoras que sofrem violência, além de atuarem na defesa de políticas públicas de proteção e prevenção.
A mobilização do dia 6 de dezembro reforça o compromisso da CONTAR com a igualdade de gênero, a justiça social e o respeito aos direitos humanos, pilares essenciais para uma sociedade democrática.
Neste 6 de dezembro, fazemos um convite a todos os homens que constroem o campo brasileiro: unam-se a esta luta. A mudança começa nas atitudes diárias, no diálogo, no respeito e na defesa da vida das mulheres.
Dizer não à violência é compromisso de todos. A construção de um futuro mais justo e seguro depende da ação de cada um de nós.
Esta publicação é parte do Projeto de cooperação com a DGB Bildungswerk, no marco do projeto “Enfrentando as desigualdades de gênero e a discriminação racial nas áreas rurais no Brasil” (PN 2023 2622 1/DGB0019), ciclo 2024-2026. A produção contou com o apoio financeiro do BMZ (Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha). O conteúdo deste material é de responsabilidade exclusiva da CONTAR.
