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Fortalecendo a Organização das Mulheres: Comissão Estadual de Mulheres Assalariadas Rurais do Estado do Mato Grosso do Sul, criada na Formação Estadual de Gênero CONTAR/DGB.

Comissão Estadual de Mulheres Assalariadas Rurais do Estado do Mato Grosso do Sul, criada na Formação Estadual de Gênero CONTAR/DGB.

Nos dias 28 e 29 de maio, a Secretária de Gênero e Geração da CONTAR, Samara Souza, participou da Formação Estadual de Gênero e da Criação da Comissão Estadual de Mulheres Assalariadas Rurais do Estado do Mato Grosso do Sul junto a FETTAR – MS, mais uma conquista para a organização política das mulheres em nosso país.

“Cada grupo de mulheres que começa a se reunir é uma oportunidade de fortalecer a luta por igualdade de direitos, pelo fim de todos os tipos de violência e por um presente e futuro melhores”, afirma a dirigente.

Como parte do processo de mobilização e organização das trabalhadoras, a FETTAR – MS, seus sindicatos e a CONTAR com parceria e apoio da DGB Bildungswerk,  promoveram a formação na qual dirigentes sindicais e  trabalhadoras conversaram sobre organização sindical, participação das mulheres nos espaços de poder, empoderamento feminino, políticas públicas e o papel da Comissão de Mulheres Assalariadas Rurais na busca pela inserção de cláusulas feministas e antirracistas nas Convenções e Acordos Coletivos, assim como a Comissão  fortalecer as redes de apoio, sendo um espaço onde as mulheres tenham segurança para conversar sobre seus desafios, fazer proposições de pautas necessárias para melhorar a vida de todas.

“O movimento sindical tem o papel de ampliar esses espaços de diálogo e, principalmente, de fortalecer a participação das mulheres nas ações sindicais”, aponta Samara.

“A criação da Comissão foi um momento único, onde todas se dão as mãos para construir um futuro melhor. Até que todas cheguemos no mesmo patamar!”, completa a Secretária de Gênero e Geração da CONTAR. Esteve presente contribuindo com a formação a analista de projetos da CONTAR Darliane Soares.

Durante a Atividade, a assessora Darliane Soares apresentou um painel sobre o enfrentamento ao trabalho análogo ao de escravo no estado, com foco especial no recorte de gênero. A atividade foi realizada em parceria com o programa Escravo, Nem Pensar!, da Repórter Brasil.

Dados preocupantes:
– Mais de 3.200 pessoas foram resgatadas no estado entre 1995 e 2024.
– Em 2025, 52 pessoas já foram libertas, entre elas estrangeiros e indígenas.
– Entre as mulheres resgatadas:
– 76% atuavam no campo
– 62% tinham baixa escolaridade
– A maioria era negra
– Quase metade não tinha registro formal de trabalho
Fatores agravantes no estado:
– Alta incidência de resgates de indígenas: 205 casos entre 2013 e 2024.
– Setores críticos: pecuária e produção de carvão vegetal concentram casos de exploração.
– Localização estratégica: a fronteira internacional facilita o tráfico de pessoas e a exploração de trabalhadoras estrangeiras.

O trabalho escravo segue sendo uma realidade invisibilizada, especialmente para mulheres negras, indígenas e imigrantes.

Seguimos na luta por direitos, dignidade e justiça!
CONTAR pela vida das mulheres, até que todas cheguemos!

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