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O racismo é a ideologia da exploração

O racismo é a ideologia da exploração. A sociedade brasileira é baseada na exploração de corpos negros. O racismo faz parte da estrutura da nossa sociedade. Em 1888, a escravidão foi abolida no papel, mas não na mentalidade nem no comportamento de grande parte da população. As pessoas negras que foram escravizadas não podiam ter terras, não podiam frequentar escolas e não receberam nenhum tipo de ajuda para construírem suas vidas. As pessoas negras foram abandonadas pelo Estado e pela suposta elite brasileira, para que pudessem continuar a ser exploradas, serem obrigadas a ganhar pouco e trabalhar muito.

Ainda hoje, discriminar pessoas negras dá lucro. As pessoas negras, principalmente as mulheres, ganham salários menores, têm menos oportunidades de educação, têm piores condições de vida e são as maiores vítimas de todos os tipos de violência. 55% das mulheres que sofrem violência física são pretas, pardas ou indígenas.

Para combater o racismo, é preciso começar pelo investimento na educação pública, o fortalecimento do sistema de cotas nas universidade e no serviço público, o fortalecimento das políticas públicas de permanência nas escolas e a punição efetiva de quem comete o crime de racismo.
E isso só para começar! É preciso que toda a sociedade seja antirracista, ou seja, que tome atitudes para incluir e ampliar o acesso de pessoas negras a todas as oportunidades de ter uma vida digna e feliz.

Para dialogar sobre questões de raça no trabalho assalariado rural, a CONTAR, em parceria com a entidade sindical alemã  DGB Bildungswerk, promoveu, nos dias 23 e 24 de abril, o Encontro Regional sobre Direitos Humanos, Relações de Trabalho e Racismo, em Brasília. Participaram do encontro dirigentes sindicais e trabalhadores e trabalhadoras das regiões Centro-Oeste e Sul.

Os painelistas foram: o professor do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do ABC Ramatis Jacino, o historiador e coordenador nacional LGBT da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Andrey Lemos, a promotora do Ministério do Trabalho e Emprego Anatalina Lourenço, a Deputada Federal Reginete Bispo (PT-RS), a integrante da OXFAM Brasil Amanda Pimentel, a integrante da Comissão Pastoral da Terra Gerlane Simões, e a jornalista da organização Repórter Brasil Natália Suzuki.

Junte-se à nós na luta antirracista!