Audiência em Porto Alegre coloca tema da terceirização na pauta do dia
Três horas de duração foi o tempo que durou a Audiência Pública sobre Trabalho Decente, Sim! Trabalho Escravo, Não, com a participação do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, no começo da noite, no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira, 20 de março. A audiência foi proposta pelo deputado Miguel Rossetto e pelas Centrais Sindicais, a CONTAR e FETAR-RS participaram ativamente da agenda do ministro, tendo como pauta principal o trabalho escravo.
Sérgio Poletto , 2º Secretário da FETAR-RS, esteve em Bento Gonçalves e depois Caxias do Sul, depois o dirigente participou do encontro com o Ministro Luiz Marinho, com a direção CONTAR e FETAR-RS, as quais lhe entregariam um documento. A reunião com o ministro aconteceu antes da Audiência Pública.
DIREÇÃO DA CONTAR FIRME CONTRA O TRABALHO ESCRAVO
Na audiência na Assembleia Gaúcha, o presidente da CONTAR, Gabriel Bezerra, foi enfático, cobrou ações para o combate ao trabalho escravo, principalmente no seu estado RS. Com o tempo cronometrado em 90s, embora curto, pois havia muitas pessoas para se manifestar, Gabriel tocou o dedo na ferida do trabalho escravo e destacou alguns pontos da pauta:
– Fortalecimento e maior autonomia do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE);
– Concurso público para Auditores Fiscais, responsáveis pela fiscalização nas propriedades;
– Revogação da Reforma Trabalhista no sentido de reverter imediatamente o quadro de terceirização na atividade-fim; e
– Ingresso da FETAR-RS e CONTAR como Terceiro Interessado em qualquer Processo Judicial que verse sobre trabalhadores em condições análogas de escravidão.
Toda diretoria da FETAR, esteve presente na audiência. No momento o presidente da FETAR-RS, Nelson Wild disse que o momento grave que se atravessa no País exige que se discutam e busquem soluções para essa verdadeira tragédia com seres humanos.
O deputado estadual Miguel Rosseto-PT/RS, afirmou: “ O que fizemos hoje no Dante Barone é enorme. Agradeço a cada pessoa que esteve lá. O ministro Marinho veio marcar a posição do governo Lula sobre como devem ser as relações de trabalho no nosso país. Não há espaço para a barbárie do trabalho escravo. Há, sim, uma iniciativa forte de garantir trabalho decente a todos os trabalhadores e trabalhadoras e compromisso de empregadores para que o que vimos por aqui nunca mais aconteça”, exclamou.
No final da audiência o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho defendeu uma revisão das regras da terceirização e disse que criará um grupo tripartite- com representantes de empresas, empregados e governo para “eventuais revisões de pontos da legislação”.
A CONTAR, Federações e os sindicatos, continuam mobilizados nos estados, denunciando e pedindo providências para o combate ao trabalho escravo e situação de precarização do trabalho no campo.
Com informações de LUIZ BOAZ- FETAR-RS
