Entre os dias 25 e 26 de novembro de 2025, aconteceu a Oficina de Combate ao Racismo e a Marcha das Mulheres Negras, na qual o foco desses dois dias de muito aprendizado e troca, visa levar formação e discussão que abordem o racismo estrutural, institucional e suas manifestações na sociedade, buscando criar ferramentas para combatê-lo.
No primeiro dia, tivemos a abertura realizada pela Secretária de Gênero e Geração da CONTAR Samara Souza na qual agradeceu a participação de todas e o comprometimento de estarem presente em uma data histórica, podendo participar da marcha das mulheres Negras, depois de 10 anos. Em seguida orientações e informes foram repassados pela analista de projetos Lorena Freitas e a assessora jurídica Edinesia Alves, e uma roda de conversa e dúvidas se deu.
Após, as participantes puderam participar ativamente da 2ª Marcha das Mulheres Negras, onde levaram as bandeiras das Assalariadas Rurais com o lema: Assalariadas Rurais na luta, até que todas cheguemos. E Assalariadas Rurais Unidas pelo Combate ao racismo, por Igualdade, Reparação e pelo bem viver, e ao longo da marcha também partilharam momentos de aprendizado e escuta de outras companheiras que estão na luta por direitos, justiça e bem viver.
No segundo dia de oficina, Samara abre as atividades, recebendo o Ministério da Igualdade Racial, onde a Coordenadora-Geral de Ações Afirmativas no Trabalho e na Política da Diretoria de Ações Afirmativas da Secretaria de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação ao Racismo Rosana Machado de Souza, dialogou sobre Combate ao Racismo e Ações Afirmativas.
O segundo painel tivemos o pesquisador e docente da FIOCRUZ, integrante da UNEGRO Andrey Lemos, conversando sobre o Racismo Estrutural na sociedade e nos movimentos sociais, momento rico de troca e histórias de luta.
A analista de projetos da CONTAR Lorena Freitas, conversou sobre o Feminismo e a Luta Antirracista, trazendo como o feminismo e o racismo estão intrinsecamente ligados, e como a articulação dos dois é fundamental na sociedade e principalmente no movimento sindical.
Dercylete Lisboa Loureiro, Coordenadora-Geral de Fiscalização do Trabalho e Promoção do Trabalho Decente no Ministério do Trabalho e Emprego, trouxe o painel: Discriminação no Mundo do Trabalho, trazendo dados sobre a discriminação racial no mundo do trabalho, e um recorte para as assalariadas rurais.
E fechando esses dois dias de luta e formação, Renata Parreira, professora, ativista de Direitos Humanos, cineasta e psicanalista, integrante da Comissão da Marcha das Mulheres Negras e da UBM (União Brasileira de Mulheres), traz o diálogo Racismo e combate à violência contra as mulheres negras, trazendo todo um histórico de luta e enfrentamentos.
Construção coletiva, diálogo e escuta, foram pontos altos dessa formação! As mulheres assalariadas rurais estarem presentes em uma marcha tão importante e podendo levar toda essa bagagem para as suas bases, foi o diferencial deste encontro.
Até que todas cheguemos!
Esta publicação é parte do Projeto de cooperação com a DGB Bildungswerk, no marco do projeto “Enfrentando as desigualdades de gênero e a discriminação racial nas áreas rurais no Brasil” (PN 2023 2622 1/DGB0019), ciclo 2024-2026. A produção contou com o apoio financeiro do BMZ (Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha). O conteúdo deste material é de responsabilidade exclusiva da CONTAR.
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