O dia 28 de janeiro é considerado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo e o Dia Nacional do Auditor-Fiscal do Trabalho. A data é um marco no calendário nacional, pois em 2004, nesta mesma data, três auditores fiscais do Trabalho e um motorista foram assassinados durante inspeção para apurar denúncias de trabalho escravo em fazendas de Unaí em Minas Gerais – MG.
De 1995, quando o Brasil reconheceu a existência de trabalho escravo em seu território, até 2024, foram resgatados mais de 65,2 mil trabalhadores em situação de escravidão e destes, cerca de 90% eram rurais. O ano de 2024 registrou 2.004 trabalhadores em condições análogas às de escravo. As cadeias produtivas de maior incidência seguem sendo a pecuária, café, cana-de-açúcar, atividades de reflorestamento dentre outras, além de oficinas de costura, construção civil, mineração e trabalho doméstico. Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pará, São Paulo e Maranhão são os estados brasileiros com maior número de resgates. Estes dados demonstram a relevância não só do dia 28 de janeiro, mas sim, da necessidade que o Brasil reafirme diariamente o seu compromisso para combater esse crime que persiste em existir, mesmo com todas as ferramentas e leis existentes no país.
Para a CONTAR este dia é ainda mais importante, tendo em vista que a maioria dos trabalhadores resgatados eram trabalhadores e trabalhadoras rurais. “A CONTAR sempre tem destacado que é inaceitável que a agropecuária brasileira insista em submeter milhares de trabalhadores e trabalhadoras à escravidão. E o mais grave é que os casos ocorrem, ano após ano, em atividades econômicas relevantes, ricas e que gostam de se apresentar ao mundo como modernas e eficientes”, destaca Gabriel Bezerra dos Santos – presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais.
DIGA NÃO AO TRABALHO ESCRAVO!
Dados: MTE – RADAR SIT